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Bruno Gouveia

Publicado por: Pê Martins em 25/05/2005


Vocalista, fundador e integrante do Biquini Cavadão, uma das bandas mais queridas do Brasil. Sem contar que é um dos mais antigos e bem-vindos amigos e parceiros da casa. Uma das melhores mentes e vozes do rock nacional, na estrada há mais de 20 anos e sem perder a esportiva.

Neste bate-papo, Bruno fala conosco sobre o portal do Biquini, a banda, a relação com os fãs, com a Internet, pirataria, numeração de discos e sobre o último e aguardado trabalho do Biquini, o DVD (e CD) comemorativo dos 20 anos da banda, registrados ao vivo em novembro de 2004, durante um eletrizante show no Ceará Music Festival.

Leia na íntegra
 

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10 anos de site do Biquini no ar. O que mudou, na forma de vocês se relacionarem com o público?

Logo que a Internet surgiu, vimos que esta seria uma forma preciosa de mantermos contato com os fãs e trocarmos idéias sobre o grupo. Após uma década, continuamos a usa-lo de forma não somente institucional. Movimentamos o site nós mesmos e isto nos dá agilidade.

Os integrantes do Biquini mantém o hábito de assinar juntos todas as músicas. Quando isso começou?

Foi uma decisão tomada logo na primeira composição, Tédio. Beni, nosso produtor na época, sugeriu que assinássemos todos juntos. Falou que seria bom para o futuro da banda.

Isso é bom, evita desgastes…

De fato, nunca tivemos problemas de “ciúmes” quanto a autoria das músicas, ou eventuais problemas de direitos autorais, por um ganhar mais que outro. Assinamos coletivamente tudo desde o início.

Muitas vezes o projeto é quase todo desenvolvido por uma só pessoa mas ganha assinatura de todos. Há também aquelas situaçòes em que o envolvimento é maior, claro, mas o que importa é que isto, que já fez bandas até acabarem, nunca foi um problema conosco
.

O que vocês estão escutando atualmente?

A gente ouve de tudo um pouco: Estou louco com a trilha sonora das Bicicletas de Belleville, Jet, Keane, Coldplay e Green Day. Os outros, além de ouvir algumas bandas assim, tem curtido também o Maroon 5, Manic Street Preachers e Mars Volta.

Alguma novidade?

O MopTop, que é uma boa banda do Rio, bem como Pic Nic, Chalaça e muitas outras.

Como foi o processo de concepção do projeto do DVD ao vivo?

O desafio era traduzirmos as emoções de um show do Biquini. Por incrível que pareça, isto não é nada fácil. Mas contamos com Roberto Oliveira na direção junto com Carlos Coelho

Coelho, o guitarrista?

Sim, ele mesmo, nosso guitarrista. ;)

Não é a primeira vez que o Coelho sem envolve com a produção em vídeo para a banda.

Ele já havia dirigido um clipe nosso no disco 80 (Toda Forma de Poder) e soube como ninguém dar o pique do show.

E a escolha de repertório?

O repertório foi fácil, já que nunca havíamos gravado um disco ao vivo antes. Nos ativemos aos clássicos e incluimos 3 músicas novas.

O DVD será utilizado como complemento aos futuros trabalhos em CD, ou será um recurso exporádico, utilizado em momentos especiais do Biquini?

Já estamos pensando em um novo disco e como ele poderá incluir um DVD. São ideías que precisarão ser amadurecidas desde já. O tempo tratará de responder esta pergunta.

Quais os caminhos que ainda não foram explorados por vocês, e que vocês gostariam de tentar?

Por muito pouco não lançamos o disco no formato Dual Disc. Acho que teremos ainda muita coisa a fazer neste campo da experimentação.

Uma experiência mais completa, então.

Queremos que o CD seja mais que um disco de áudio, seja uma base de dados mais completa para os fãs, com fotos, kits, skins de players e, quem sabe até games. São projetos ainda, mas não estão longe de nossas cabeças. :)

Há alguns anos, você mencionou em uma entrevista que o cenário estava parado. Você acha que isso mudou?

Continua estagnado mas agora, muitos já não esperam por uma atitude da gravadora.

Então, a possibilidade de mudanças não foi descartada...

Eu acho que a segunda metada das décadas sempre foi berço de novas idéias. Assim foi com a psicodelia em 66, o punk em 77, a invasào inglesa de 85 e até as apostas na eletronica de 97. No Brasil, o rock cresceu a partir de 85 e 94. Vamos ver o que nos espera agora.

Como obter o proveito ao que vocês tem direito como compositores, em meio à reviravolta que vivemos?

Acho que a música tem caminhos de subsistência independentemente até do público consumidor.

Mas que tipo de ações podem ser feitas para auxiliar este processo?

A música ainda é um brinde muito barato de se dar. Se fizermos promoções associando músicas em troca de milhagens, pontos no cartão de crédito ou litros de gasolina, poderemos mostrar como o público apoiará estas iniciativas e ao mesmo tempo dará aos autores o respectivo direito autoral.

Também acredito que os custos para compra de músicas diminuirão cada vez mais. Não faz sentido você pagar 99 c de dólar por uma música nova ou por uma faixa rara.

Cair em novo monopólio também não parece ser a solução…

Basta um pouco de competitividade para mudarmos tudo isso. E,o melhor, quem ganha somos nós.

Nas discussões sobre proteção aos direitos autorais, combate a pirataria e controle de vendas, o que se mostrou mais eficaz?

Na prática, numerar CD´s é um direito nosso, mas não será isso que mudará a nossa vida. A corrupção tem mil e uma maneiras de se manifestar. Se há má fé, outras formas de alterar a vendagem surgirão.

Tempos difíceis…

Estamos num periodo de turbulência. No Brasil, falta um controle mais rigoroso à pirataria (clonagem) de CD´s. Na Internet, não temos ainda uma opção boa, apesar dos esforços da iMúsica.

Falta uma opção como o iTunes?

Aguardo com ansiedade um iTunes Music Store por aqui. Algo que permita você comprar música com um único clique.

E como resolver a equação pirataria x custo CD?

CD’s piratas são parasitas mas quem compra CD pirata não compra por que quer, compra por não ter $ pra comprar o original. Por outro lado, o CD brasileiro não é caro, se comparado aos de outros paises. Então, não é o CD que é caro, é o salário que é baixo!!!! Isto é fato.

É que o público não tem noção do trabalho que dá o processo todo, ele, não se envolve com as etapas …

Falta uma conscientização também. Mostrar que o CD tem valor pelo que foi gravado, pelo que custou para fazer aquilo.

Então, o custo em si não é o maior problema.

As pessoas pagam caro em comida, bebida, videos e até roupas. Estes bens duram muito menos que um bom CD, que poderá marcar sua vida com uma canção que você tocará indefinidamente sem cansar.

Não existe um caminho paralelo?

A criação de CD’s “a granel”, sob medida poderá ser um alento a quem sempre se achou lesado em pagar caro por um disco e não curtir todas as músicas. A equação não será solucionada de hoje pra amanhã, mas estamos no caminho.

O cenário cultural no Brasil tem solução, ou estamos condenados a viver em meio a pausterização?

Depende da coragem… Coragem dos radialistas em apostar nos novos, apostar na segmentaçào, ouvir sem preconceito. Coragem do ouvinte também em conhecer novidades, não cair em armadilhas de modismos e seguir seu coração e não a moda imposta ...

 

Referências na Internet


    Site oficial
    Fotolog
    Orkut
    MySpace
    YouTube

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Comentários para este post

Aléx comentou em 11/11/2007 e diz:

Gostei muito da entrevista , espero curtir ainda muito o sucesso do biquini cavadão na voz do Bruno Goveia.


mayara ferreira comentou em 24/11/2006 e diz:

sou muito fa do biquini cavadao e o bruno como sempre sabe dar uma entrevisata como ninguem,c/ uma simpatia inigualavel... a entrevista esta otima parabens



 
 

     
     
 
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